segunda-feira, 18 de abril de 2011

Que dia!


Caminhava trôpega. Parecia emputecida com a vida. Estava só e atravessava a rua sem prestar atenção em nada. Se quer deu aquela famosa paradinha ao encontrar-se com outra amiga. Estava mesmo de mal. Um carro vinha em sua direção e nem por isso acelerou o passo. Tentativa de suicídio? O carro passou... o vento que ele provocou suspendeu-a a pequena altura... rolou no chão e com "ares de saco cheio" continuou. Tive pena, mas era a minha vez de manobrar o carro. Pobre formiguinha!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

BEIJO



Contam por aí que o beijo aconteceu na Índia quinhentos anos antes de Cristo e acrescento que a coisa foi tão boa que permanece até hoje. Claro que deve ter sofrido muitas mudanças, pois existe uma enorme variedade de beijos. Não tem muito tempo falei aqui sobre o beijinho de nariz. É bem verdade que o primeiro beijo nunca nos esquecemos. Lembro-me bem do meu primeiro beijo e garanto que foi uma merda! Início de namoro. Voltando do colégio com o turquinho que também estudava na mesma sala que eu. Há dias nos olhávamos e fazíamos de tudo para ficarmos pertinho um do outro. No caminho uma chuva nos pegou de surpresa e sem ter onde nos esconder nos abraçamos e deixamos que a chuva caísse naturalmente. E foi então que o beijo aconteceu. Foi horrível, confesso. Faltou-me o ar. Fiquei tão vermelha que senti meu corpo em chamas. Segundos que pareciam não acabar. Achei nojento. A língua dele enfiando-se em minha boca e eu dura, imobilizada, uma perfeita múmia. Eu de olhos arregalados e os dele fechados. Coisa insuportável. Quando acabou o martírio e pude respirar fui embora sem ao menos olhar para trás. Calma! Não fiquei traumatizada não! Isso tudo passou. Dia seguinte ríamos do ocorrido e o namoro continuou e claro! Aprendi a sentir o beijo.

Gente! Isso faz um tempão! Hoje a meninada não passa pelo aperto que eu passei.

E então sinto e vejo o beijo de várias formas. Beijar é aproximar-se da outra pessoa. Dificilmente ele vem sem o abraço e sempre é aquele abraço apertadinho que une os corpos e nos faz sentir o calor do outro, a respiração e até mesmo as leves batidas do coração. É neste abraço que percebemos se o outro está bem.

Houve um tempo em que as mulheres se encontravam e davam três beijinhos no rosto. Isto acontecia com as solteiras. As casadas beijavam-se duas vezes na face. Com o passar do tempo restou apenas um beijinho no rosto independente do estado civil. Ultimamente tenho visto que não há mais o toque, aquele estalar gostoso do beijo ficou no ar. Engraçado isso.

O beijo na boca, aquele bem gostoso que a gente quase engole o outro fica para os apaixonados. Além da grande troca de bactérias tem também a troca de energias; e há quem diga que também auxilia no emagrecimento, pois queima calorias.

Beijinho de olho e de nariz para os apaixonados pode ser classificado como as preliminares do beijo na boca. É assim... devagarinho... leves toques roçando os olhinhos, sentindo aquele friozinho da ponta do nariz e pimba! De repente estão se engolindo.

E por aí afora o beijo ganhou grandes dimensões. Beijamos nossos filhos, sobrinhos, amigos, pai, mãe, tia, avó e até mesmo nossos bichinhos de estimação. Enviamos beijos por e-mail, cartas, cartões, mensagens instantâneas. Até mesmo a escrita dele ficou engraçada. Pode ser beijo, beijuuuuuuuu, beijoka, bjs. Não importa, pois sempre será uma forma de carinho, intimidade, amor.

E pra finalizar deixo aqui um beijo que o vento bom se encarregará de levar a cada um de vocês em sua melhor forma: UM BEIJO DE AMOR