segunda-feira, 4 de novembro de 2013

"SAUVA DE PALMAS"




A fotografia estampava o pai ao lado da esposa de seu segundo relacionamento. Abaixo o menino adolescente escreveu: "lindos! lindos! uma "sauva" de palmas a vocês". Li e em seguida escrevi: "saúva" é uma espécie de formiga e "salva de palmas" é um aplauso vibrante, entusiasmado e unânime. Não demorou muito apareceu a galerinha do "deixa comigo" e em um dos comentários dizia: "fala sério! o que importa é o que ele quis dizer". Pensei... sei bem o que ele quis dizer, mas nada me impedia naquele momento em dar a dica, aquela coisinha que a gente coloca assim #fica a dica#. Claro que retruquei dizendo: Não basta entender o que ele quis dizer, afinal aprender é sempre muito bom. Não tardou chegou outra resposta do "deixa comigo que eu resolvo" que disse assim: "Concordo que aprender é bom, mas em redes sociais é constrangedor e desnecessário"... Desnecessário? será mesmo? Passamos parte de nosso dia enfiados na mais visitada rede social. Todo tipo de notícia circula por ela. Conversamos o dia todo com pessoas que conhecemos pessoalmente e temos uma infinita lista de amigos que nunca vimos! Ela tem o poder de reunir em poucas horas uma multidão seja lá para o que for, mas isso não vem ao caso agora. Prendo-me à palavra "desnecessário" e me pergunto: Onde então? Antes que mais alguém diga alguma coisa informo que conheço a família em questão o que me deixa muito mais à vontade para tecer qualquer comentário. Constrangedor? Então professores constrangem seus alunos quando corrigem um erro cometido em lições, provas ou mesmo em sala de aula? Também cometo erros, mas não me sinto nenhum pouco constrangida quando alguém me salva do erro. Estas coisas pegas assim de momento marcam para uma vida inteira. Lembro-me que há muitos anos escrevi um bilhete a um namorado e nele continha a palavra "quizer", assim mesmo com "z". Ele me disse que queria sim, desde que fosse com "s". Nunca mais esqueci. Também aconteceu em uma grande empresa que trabalhava e desta vez era a palavra "seje". Tudo muito bem redigido por mim, mas cometia o grande pecado "para que seje". A coordenadora do setor me chamou e elogiou a redação dos comunicados. Estavam mesmo perfeitos, mas poderiam melhorar se eu aprendesse a conjugar o verbo no presente do subjuntivo. Gravei o momento e nunca mais usei o "seje" que hoje me doí o ouvido. E com a palavra "pizza" em uma redação quando eu era muito menina ainda deixei-a com cara de "pitiça" e um enorme círculo em vermelho apontando a gravidade do erro. Nisso tudo o mais grave foi que nunca havia chegado perto de uma. Também memorizei! E agora volto ao "constrangedor"... é mesmo? Então o corretor ortográfico é o maior constrangedor da atualidade. Ele rapidamente aciona o traço vermelho à medida que erramos alguma palavra. Ele me lembra a professora da "pitiça". Pior é a pessoa não dar atenção ao traço vermelho indicando que alguma coisa não está combinando. Gente! Por favor! A internet está aí e nela um leque de informações, de boas leituras. O que falta?  Ah! #fica a dica". Falta curiosidade, vontade de aprender.

Psiu! "Sauvas de palmas" podem ser também formigas nascidas e criadas na capital do Estado de Tocantins. #fica a dica#