quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Lanterna


Recentemente estive na Argentina e ganhei da amiga Rosa Gimenez uma pequena lanterna que também é um isqueiro. Muito bem, ilumina nas duas pontas e foi providencial este presente. Nem tanto pelo isqueiro  que me faz lembrar do maldito cigarro que penso sempre em deixar este vício aos poucos e penso tão pouco que por fim não deixo. Quem sabe ainda compre um cachimbo e passe o resto de meus dias pitando assim como minha amiga Neves. Enquanto ela pitava contava-me muitas histórias e eu gostava de ouvir. Queria mesmo era estar pitando ao lado dela agora. Mas o assunto no momento é a tal lanterna. Bolsa de mulher nunca é organizada. Esta frase ficou forte? Tudo bem. Noventa e nove por cento das bolsas femininas não são organizadas. Melhorou? Se eu mudar a porcentagem então aí estarei mentindo. A minha bolsa é uma bagunça e não pense que direi que tem de tudo lá dentro. Quer dizer... tem um monte de porcarias que não servem para nada e nem mesmo a lanterna resolveu naquela noite.  Nervosamente tateava em busca de umas balinhas Halls que havia jogado no meu Buraco Negro, é assim que chamo minha bolsa, e não encontrei. Por fim, senti nas mãos o que identifiquei sendo a lanterna e rapidamente acionei o botão para ligá-la. Não resolveu e ainda paguei mico, pois rapidinho alguém disse: até lanterna você tem na bolsa? Como se eu carregasse de tudo mesmo na bolsa e na verdade só transporto nela tudo aquilo que involuntariamente jogo lá dentro.
Rosa, minha querida, não se aborreça, não foi a lanterna, mas sim o momento que foi de muita euforia.  

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