Sabe, estive pensando. É verdade. Pensando muito. Disseram-me que faz bem pensar. E já soube até que tem gente que sofre disso. Aí pensei: ué? Se sofre, então não faz bem. Mesmo assim pensei, na verdade sem saber direito o que é pensar. É complicado explicar o meu pensar. Mistura-se com muitos pensares. Fica um pensamentão, uma bola gigante que passeia pensando em minha cabeça batendo levemente como batidas do coração. Aí pensei: pulsar... pensar... Ah! Não. Não vai combinar. Mas pensamentos pulsam. Latejam. Palpitam. Agitam. Então pensei: Se eu pensar, vai palpitar e se palpitar é porque consegui pensar. Foi então que pensei: preciso pensar no que quero pensar, pois assim penso bem. Começo pensando que eu penso. Que tu pensas. Que ele pensa. Que nós pensamos. Que vós pensais. Que eles pensam. Eles pensam? Penso que pensam sim. Viu? Eu disse penso e sendo assim então eu penso. Mas o que é que eu estava pensando mesmo quando comecei a escrever? Viu? Já esqueci. E esquecer é deslembrar. É perder-se no caminho do pensar. E como devo procurar? É pensando não é? Então vou pensar...
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