Marli é uma costureira daquelas que ninguém põe defeito. Trabalha muito também. Costura sonhos enquanto acelera o pedal da máquina. Gosta do que faz e quando conclui uma peça fica por longos momentos admirando e pensando em quem irá usá-la.
Marli tem uma cachorrinha que se chama Maria. Esta cachorrinha a acompanha incansavelmente. A sala de costura fica repleta de tecidos e Maria não se intimida em aninhar-se em cima de um deles e cochilar por horas. Claro que Marli briga, Maria encolhe o rabinho, sai de mansinho e quando percebe que Marli distrai-se, pimba! Pula pra cima de outro tecido.
Dia destes Marli contratou uma costureira para ajudá-la. Por ironia do destino ela também tem o nome de Maria. A moça não gostou, mas trabalho é trabalho. A confusão é geral. A moça se confunde, pois nunca sabe se estão falando com ela ou com a cachorra, já que falar com animais naquela casa é perfeitamente normal.
Mas como paciência tem limite o da moça estourou quando Marli sairia para ir ao banco resolver alguns pagamentos. Já no portão Marli lembrou-se da Maria cachorra e gritou: Filho, preste atenção! Não deixe Maria dormir no serviço. Quando Marli voltou, Maria dormia e a outra Maria não voltou nunca mais.
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